[ PEDRO LUSO DE
CARVALHO ]
ANTÔNIO MARIA, cujo nome
de registro no cartório civil consta como Antônio Maria Araújo de Morais, nasceu
em Recife a 17 de março de 1921. Maria, como era tratado pelos íntimos,
escrevia crônicas diárias no O Jornal
– onde permaneceu por 15 anos –, no O
Globo, em 1959 – aí ficou por pouco tempo –, e na Última Hora.
Na TV Tupi, que foi inaugurada em
1951, Antônio Maria assumiu o cargo de diretor de produção da emissora. No ano
seguinte mudou-se para a rádio Mayrink
Veiga e daí para a TV Rio, onde,
entre outras coisas, apresentou um programa com Ary Barroso durante o ano de
1957.
Antônio Maria foi compositor, tendo como
parceiros nomes famosos como Fernando Lobo, Luiz Bonfá – escreveu a letra de Manhã de Carnaval, uma das músicas
mais executadas no exterior, e que seria um dos temas musicais do filme
franco-ítalo-brasileiro, Orfeu Negro,
ganhador da Palma de Ouro em Cannes e
do Oscar de melhor filme estrangeiro.
Segue a crônica de Antônio Maria, As Ruas, escrita no dia 22 de agosto de 1963 (In: Crônica/Antônio Maria. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994, p. 69):
[ESPAÇO
DA CRÔNICA]
AS RUAS
(Antônio Maria)
Di Cavalcanti, que está
escrevendo um livro sobre o Rio, começa a descobrir ruas de nomes e vidas fascinantes.
Uma delas: rua da Coragem, na Penha. Na rua da Coragem, o calor é tanto que as
pessoas, aflitas, se abraçam (ou se encostam) à placa da rua, a única coisa que
não é morna, na rua da Coragem. Di está convencendo Vinícius de que o homem,
com o seu passado de lutas, deve morar na rua da Coragem.
Outra descoberta de
Emiliano: rua Dona Francisca. Emiliano mandou, em seu livro, este recado a Dona
Francisca: “A senhora nunca pensou em receber esta homenagem”.
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