23 de fev. de 2011

SHAKESPEARE / O Quarto Centenário

William Shakespeare



                  por  Pedro Luso de Carvalho
        


        Em 23 de abril de 1964, André Maurois, membro da Academia Francesa, pronunciou discurso na Sorbonne em comemoração ao quarto centenário de Shakespeare. Dessa peça, que integra o livro de Maurois,  De Aragon a Montherlant (tradução de Paulo Hecker Filho, Rio de Janeiro, Nova Fonteira, 1967, p. 81), transcrevo apenas o trecho final do discurso:

       É uma felicidade – diz Maurois – que não cansa de ver dançar nas paisagens shakespearianas a mais louca poesia. Aí talvez resida o segredo dos segredos. Shakespeare permanece verdadeiro porque respeitou a loucura do mundo. Estas réplicas que não se respondem umas as outras, estas ações fatais que se preparam sob lenta ronda das constelações, estes apaixonados cujos rostos mudam como um céu de abril, eis Shakespeare.

       Eis também a natureza humana. Por isso Shakespeare não pode envelhecer e por isso estamos aqui reunidos, franceses jovens e idosos, nesta secular Sorbonne, para celebrar, depois de quatrocentos anos, o maior poeta do mundo.


                                                                            

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