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Henry Miller |
Ao ser perguntado, pelo entrevistador da The Paris Review , qual a sua forma de revisão de seus romances, esta foi a resposta de Henry Miller:
“Quando estou escrevendo, uso lápis e tinta para fazer modificações, excluir e incluir coisas. O manuscrito, depois disso, fica com um aspecto estupendo, como um manuscrito de Balzac. Depois, torno a datilografar e, enquanto o faço, efetuo novas modificações. Eu próprio prefiro tornar a datilografar tudo, pois, mesmo quando julgo que já fiz todas as modificações que desejava, o simples ato mecânico de bater nos teclados aguça-me as idéias, e eu me vejo a fazer nova revisão, à medida que vou terminando o trabalho.”
* * *
Trecho da entrevista que Henry Miller concedeu à The Paris Review, em setembro de 1961, em Londres, que foi publicada na íntegra, juntamente com outras entrevistas feitas pela revista com escritores famosos, contemporâneos seus, e que foram juntadas no livro “Writer at Work", e mais tarde publicada no Brasil com o título de “Escritores em Ação”, com tradução de Brenno Silveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 188.
HENRY MILLER nasceu no distrito de Yorkville, da cidade de Nova York, a 26 de dezembro de 1891, e morreu em Los Angeles, (EUA), a 7 de junho de 1980.
Seus romances mais conhecidos no Brasil, são: Trópico de Câncer (1934), Trópico de Capricórnio (1939). Essa duas obras, Tropic of Cancer e Tropic of Capricorn forma lançadas nos Estados Unidos, respectivamente, em 1961 e 1962.
Olá Pedro,
ResponderExcluirCom certeza, Henry Miller foi um grande romancista. E a forma como ele se referiu ao seu modo de escrever, é muito interessante. Parece-me que, ao corrigir algumas coisas, abre-se um horizonte para escrever outras tantas, que complementam o já escrito anteriormente.
Belo seu blog. Gostei muito.
Gostaria que colocasse algum comentário em meu post, uma vez que já me segue.
Seguirei-o também e estarei aqui sempre que puder.
Abraços,
Maria Paraguassu.
Caro Pedro,
ResponderExcluira entrevista de Henry Miller exalta o valor das revisões nos textos.
Eu entendo que a idéia central do texto é simples e indivisível, mas o seu entorno, a linguagem que vai veicular a idéia, esta pode e deve ser burilada até quase se restringir ao núcleo central onde reside a essência filosófica do pensamento.
Trópico de Câncer é o meu prdileto.
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