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Lukács |
Sobre Proust, Lukács falou muito pouco em sua vasta obra. Ao longo de quase duas mil páginas de sua Estética, por exemplo, o criador da Recherche é mencionado apenas três vezes, e nunca em função de sua obra narrativa, mas de uma incidental observação que ele fez acerca da presença do reflexo da realidade na obra de Mallarmé. É também apenas de passagem que Lukáks se refere a Proust em duas outras obras, em ambos os casos para indicar que a visão do mundo do narrador francês inspira-se na concepção do tempo de Bergson, que Lukács considera expressão de um intenso subjetivismo irracionalista.
(Carlos Nelson Coutinho)
In Lukács, Proust e Kafka. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, p.23.
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