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Monteiro Lobato |
O velho pomar, roído de formiga, sucumbira de inanição; na ânsia de sobreviver, três ou quatro laranjeiras macilentas, furadas de broca, sopesando o polvo retrançado da erva de passarinho, abrolhavam ainda rebentos cheios de compridos espinhos. Fora disso, mamoeiros, a silvestre goiaba e araçás, promiscuamente com o mato invasor que só respeitava o terreirinho batido, fronteiriço à casa. Tapera, quase, e, enluradas nela, o que é mais triste, almas humanas em tapera.
(Monteiro Lobato)
Trecho de A Colcha de Retalhos, que integra o livro Contos Pesados, de Monteiro Lobato, publicado pela Companhia Editora Nacional, São Paulo, s/d (início do século 20), p. 67.
Boa noite, querido amigo.
ResponderExcluirLindo!
Enxerguei um pedaço do velho quintal que foi o meu parque de diversões.
Tenha uma bela semana de paz.
Beijos.
Amapola,
ExcluirNa minha infância, também tive um quintal para brincar, o que não ocorreu com os meus filhos, infelizmente.
Abraços,
Pedro.
Um dos meus primeiro s livro de de Monteiro Lobato. Sempre fui apaixonada por Emília.
ResponderExcluirAcho que Emília era o pensamento principal dele.
Beijos!