Pobre, sem vaidades, nem ambições, Clóvis Bevilacqua recusou todos os títulos, honrarias e sistuações; até mesmo à academia deixou de pertencer, desde que foi recusada a inscrição da esposa no grêmio dos imortais. Na mocidade, quiseram fazê-lo presidente do Ceará. Não quis. Deputado, Senador. Também não quis. Hermes da Fonseca ofereceu-lhe uma cadeira no Supremo Tribunal, convite reiterado por Washington Luís, vinte anos depois. Recusou as duas vezes. Em 1920, o comitê de juristas da Sociedade das Nações pediu-lhe que redigisse o projeto da organização da Côrte Permanente de Justiça Internacional. Fez o projeto mas não foi discutí-lo. O Presidente Hoover pediu a sua cooperação no conflito entre os Estados Unidos e a Lituânia... mas é desnecessário enumerar todas as recusas de Clóvis. Seria um nunca acabar.
(Francisco de Assis Barbosa)
In Francisco de Assis Barbosa. Retratos de Família, 2ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1968, p. 144
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Olha... pois acho que ele sabia da força de seu taco! Não precisava de pseudo-honrarias! Eu até diria: rico de espírito e desprovido de bajulações. Gostei de saber dessa! Estamos tão acostumados a ver o contrário que até surpreende. Fiquei fã!
ResponderExcluirBeijinhos, Pedrinho!
Pois é, Taisinha, esse é o grande Clóvis Beviláqua, humanista e jurista da melhor qualidade; exemplo de honradez e de modéstia.
ExcluirBeijinho,
Pedro.
Thank you for the information on Clovis Bevilacqua, I wonder if he had Italian origins? I am a new follower from Rome.
ExcluirCaramella:
ExcluirEsse homem culto e sábio, que foi Clóvis Beviláqua, era filho de Ângelo Bevilaqua, natural da Itália.
Agradeço a visita e desejo a você um ano de 2013 com muitas realizações, saúde e alegria.
Abraços,
Pedro.