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Renoir |
A CASA DE PEDRA
– Pedro Luso de Carvalho
Por quanto tempo fiquei ali,
feito estátua, em frente à casa,
entre prédios e palacetes ?
Volto depois de muitos anos
à antiga casa de pedra –
o reino perdido da infância.
Era grande a casa de pedra,
na minha infância tão distante –
palácio de tantos brinquedos.
Ficou pequena, a minha casa
de pedra! Onde a casa de sonhos?
Sumiram juntas, casa e infância?
Lufada de vento oportuna
(sopro de algum anjo perdido)
fez-me entrar na casa de pedra.
Posso, homem de tantos caminhos,
ser de novo aquele menino
dessa casa – reino perdido?
Falta-me o fôlego. No peito
garras ferem – emoção e dor.
Levou o sonho, ave de rapina.
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PEDRO LUSO