O GATO PRETO
– Pedro Luso de Carvalho
A noite parecia ser grande ameaça,
não era qualquer noite como outras,
as lâmpadas apagadas nos postes,
naquela noite de escuridão e medo.
Não vi o gato preto atravessar a rua,
o gato e a noite eram da mesma cor.
O gato, enigma e mistério da noite,
que com miados rasgou o silêncio.
Se na escuridão imperava o medo,
o que posso dizer do gato preto,
na repentina aparição na noite,
na rua deserta da cidade morta?
O medo tirava o ritmo do coração,
no escuro morada dos fantasmas,
fantasmas em danças macabras,
em alucinante dança jamais vista.
Depois, na manhã dourada de sol
na grama do cemitério acordei,
aí onde ronronava o gato preto
próximo a túmulos e ciprestes.
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PEDRO LUSO